quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Armaduras, elmos e escudos


A função destas três peças era proteger o  guerreiro, contra os ataques dos adversários



Armaduras:


Cota de malha




churburgt2.jpg (800×599)




Cota de couro


MF-00946.jpg (403×500)






Meia armadura


Armadura (meia) "Augusto II", Rei da Saxónia




Armadura


Armadura italiana (três quartos)



Escudos

Escudo viking



http://omestredearmas.com/store/images/CIV51.jpg





Escudo Triangular





















Elmos





 


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Armas da Idade Média

Principais Armas

-Espada bastarda   
            Espada Bastarda 







-Espada de duas mãos “Claymore”


Espada de duas mãos “Claymore”  










Espada de mão e meia “Rodrigo”
Espada de mão e meia “Rodrigo”

Machado (Ano 1587)
Machado (Ano 1587)
Machado de combate - Ano 1500
Machado de combate - Ano 1500
Maça de Armas
Maça de armas
Maça de Armas - "estrela da manhã"
Maça de Armas - "estrela da manhã"
Alabarda
Alabarda


Lança


Lança celta - século III


Martelo de Guerra


Jogos Online relacionados com a Idade Média

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Tribos - É um jogo online Baseado na Idade Média. Cada jogador é líder de uma pequena aldeia, na qual um ajudar DEVE ganhar poder e glória.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Castigos e penas de morte na idade média








I - Instrumentos de Execução




- Espada, Machado e Cepo

A decapitação com a espada é entretenimento público desde o início da Idade Média e  é, ainda hoje, utilizada em alguns países do terceiro Mundo. Era necessária uma  grande perícia a manejar a espada com precisão, de modo a decepar a cabeça com um  só golpe, coisa que a multidão apreciava muito ,  como  um  sinal  da  habilidade do carrasco.
 Os executores  treinavam com animais nos matadouros ou com espantalhos de cabeça de cabaça.
A decapitação era pena suave quando executada com habilidade, estava reservada exclusivamente a condenados nobres e importantes. O povo era executado de outras formas, que garantiam agonias mais prolongadas.
Distinção importante: o cepo só era usado em conjunto com o machado; nas decapitações com a espada, o condenado deveria manter-se erecto, enquanto o executor efectuava um movimento horizontal com a lâmina, ceifando o pescoço.

2 - O Garrote

Consistia o garrote em um poste de madeira com um colar de ferro ou de couro duro, e que se apertava progressivamente por meio de um parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:
a) a versão tipicamente espanhola, na qual apertando se o parafuso, fazia-se apertar a argola de ferro, matando a vítima por asfixia;
b) a versão catalã, no qual havia, na nuca do condenado, um bico de ferro, que, ao apertar-se o colar, penetrava e quebrava as vértebras cervicais, ao mesmo tempo que empurrava o pescoço para a frente, provocando o esmagamento da traqueia contra a argola, matando tanto por asfixia como pela destruição da medula espinhal. A presença deste aguilhão não garante uma morte rápida; antes, pelo contrário. A agonia podia ser mais ou menos prolongada, do carrasco.

3 - Emparedamento

O emparedamento, utilizado já no tempo dos romanos, para punir as vestais que perdiam sua virtude, dispensa qualquer explicação. A vítima era sepultada viva, morrendo, dependendo do local de confinamento, de sede e fome, ou simplesmente asfixiada.

4 - As Gaiolas Suspensas

Desde a Alta Idade Média até finais do séc. XVIII, as paisagens urbanas e suburbanas da Europa abundavam de gaiolas de ferro e madeira, no exterior de edifícios municipais, palácios de justiça, catedrais e muralhas de cidades, assim como penduradas em postes situados nas encruzilhadas de diversos caminhos ; frequentemente havia várias gaiolas em fila, umas ao lado das outras.
As vítimas, nuas ou quase nuas, eram fechadas nas gaiolas suspensas, que não eram muito maiores que seus corpos; morriam de fome e sede, de mau tempo e frio no Inverno, de queimaduras e insolação no Verão e eram muitas vezes torturadas e mutiladas para melhor servir de exemplo. Os cadáveres em putrefação eram, na maior parte das vezes, deixados in situ, até o desfazimento do esqueleto.





5 - A Roda Para Despedaçar

A roda para despedaçar era, depois da forca, a forma mais comum de execução na Europa germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na Europa latina e gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de ferro e maças, em lugar da roda.
A vítima, nua, era esticada de barriga para cima na roda , com os membros estendidos ao máximo e atados a estacas ou anilhas de ferro. Por baixo dos pulsos, cotovelos, joelhos e quadris, colocavam-se atravessados suportes de madeira. O verdugo aplicava violentos golpes com a barra, destroçando todas as articulações e partindo os ossos, evitando dar golpes que pudessem ser mortais. Isso provocava, como é fácil imaginar-se, um verdadeiro paroxismo de dor, o que muito divertia a plateia .
Depois do despedaçamento, desatavam o condenado e entrelaçavam-lhe os membros com os raios da grande roda, deixando-o  ali até  que  sobreviesse  a morte, ao  cabo  de  algumas  horas,   ou   até    dias.
Os corvos, outrossim, arrancavam pedaços de carne e vazavam os olhos até a chegada do último momento. Esta era a mais atroz e longa agonia prevista dentre todos os procedimentos de execução judicial.
Junto com a fogueira, o despedaçamento ou desmembramento era um dos espetáculos mais populares que tinham lugar nas praças da Europa. Multidões de plebeus e nobres deleitavam-se ao contemplar um bom despedaçamento, como comprovam várias gravuras da época.

6 - Submersão em Azeite

A submersão em azeite podia ser tanto uma forma de execução como de interrogatório, tanto judicial como extrajudicial. O prisioneiro, suspenso pelos braços no teto, era baixado, por meio de um sistema de corda e roldana, dentro de um caldeirão cheio de azeite em ebulição. Provocava a morte da vítima; na melhor das hipóteses, deixava-a inválida para toda a vida.

7 - A Serra

A serra era outro meio de execução extremamente cruel, no qual a vítima, suspensa pelos pés, era serrada ao meio, de cima para baixo, a partir de entre as pernas. Esse tipo de execução podia ser levada a cabo com qualquer tipo de serra de lenhador utilizada a quatro mãos e de dentes grandes. Este suplício, talvez pior que a cremação lenta ou a imersão em azeite fervente devido á posição invertida, que assegura a oxigenação do cérebro e  impede a perda geral de sangue o  condenado não perde a consciência até que a serra alcançava o umbigo, ou, às vezes, até o peito.
A serra era aplicada  frequentemente a homossexuais de ambos os sexos, principalmente a homens.

8 - Empalamento

Esta era uma forma particularmente cruel de execução, visto que a vítima agonizava por vários dias antes de morrer, demorando muito a ficar inconsciente.  Era, ao que se tem notícia, usada desde a antigüidade; no séc. XVI, foi amplamente empregada pelos exércitos turcos que invadiam o leste da Europa.
O método era simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se-lhe no ânus, no umbigo ou na vagina, uma estaca suficientemente longa para transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era introduzida no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente plantava-se a estaca no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo simplesmente era puxado em direção ao solo, enquanto a estaca rasgava lentamente as entranhas, num processo que podia durar, dependendo da espessura da estaca e da capacidade de resistência da vítima, várias horas ou até dias.



9- Cremação






A cremação ou vivicombustão é conhecida como a forma de execução utilizada em casos de bruxaria ou feitiçaria.
Na sua forma medieval, utilizada pela Inquisição, o condenado só era queimado vivo se se recusasse a renunciar aos erros que o haviam arrastado àquela situação nesse caso, era estrangulado.
Para garantir que a vítima morresse verdadeiramente nas chamas, e não asfixiada com a fumaça, vestiam-na com uma camisola encharcada com enxofre.

10 - Mesa de Evisceramento

Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma mesa ou tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos ganchos. O verdugo abria o ventre da vítima amarrada sobre a tábua, de maneira a não poder debater-se, em seguida, introduzia-lhe os ganchos na abertura, prendendo-os firmemente às entranhas do condenado. Ao manipular a roldana, as entranhas eram puxadas para fora, com a vítima ainda viva; esta era então abandonada e deixada para morrer neste estado. A morte demorava por horas ou até dias. Quanto mais tardasse, isto é, quanto mais o condenado sofresse, maior era considerada a habilidade do carrasco.


II - Instrumentos Letais de Tortura

Os instrumentos citados a seguir são aqueles que, embora servissem como instrumentos de interrogatório, podiam ser usados como instrumentos de execução - como por exemplo, a Dama de Ferro - ou provocavam na vítima tais traumas e lesões que acabavam por matá-la horas após sua aplicação. Por isso, só eram geralmente aplicados a condenados à morte, cuja execução deveria seguir-se sem demora; assim, obtinha-se a garantia de que as vítimas, ainda que gravemente feridas, não escapariam à aplicação da justiça.

1 - As Cunhas ou Borzeguim

Este era um dos suplícios mais dolorosos que se poderia imaginar. A vítima era amarrada e esticada no chão, com as pernas encerradas entre quatro pranchas de carvalho, das quais o par do lado externo era fixo, enquanto o interno era móvel. Introduzindo cunhas no espaço de separação entre as duas pranchas móveis, era possível esmagar as pernas da vitima contra a estrutura fixa da máquina.
Este tipo de tortura, pelo fato de ser sempre - embora nem sempre imediatamente - fatal, só era administrada a condenados à morte que devessem ser executados sem demora.

2 - O Esmaga-Cabeças

Os esmaga-cabeças, instrumentos tipicamente medievais, compunham-se de um capacete e de uma barra na qual se colocava o queixo do torturado. Em seguida, por meio de um parafuso, ia-se apertando o capacete, comprimindo a cabeça do indivíduo de
encontro à base, no sentido vertical. O resultado era arrasador: primeiro destroçavam-se os alvéolos dentários; depois, as mandíbulas; e finalmente, caso a tortura não cessasse, os olhos saltavam das órbitas e o cérebro vazava pelo crânio fraturado.

3 - A Dama de Ferro

A história da tortura registra muitos instrumentos em forma de sarcófago antropomorfo com pregos em seu interior, que, ao fechar-se a porta, penetravam no corpo da vítima..
A primeira referência confiável a uma execução com a Dama de Ferro reporta-se a 14 de Agosto de 1515, se bem  que o instrumento já fose utilizado, comprovadamente, há uns dois séculos.
 Nesse dia, um falsificador de moeda foi aí introduzido e as portas fechadas lentamente, pelo que as pontas afiadíssimas lhe penetraram nos braços, na barriga, e no peito, nas pernas em vários lugares, na bexiga, nos olhos, nos ombros e nas nádegas, mas não suficiente para o matar, e assim permaneceu a gritar e lamentar-se por vários dias, após os quais morreu.
É provável que os cravos fossem desmontáveis e de vários tamanhos, de modo que pudessem colocar-se em vários orifícios no interior do aparelho, tornando-se mais ou menos cutilantes, segundo as exigências da sentença.
A Dama de Ferro era aplicada aos autores de crimes contra o Estado, que não fossem de lesa-majestade, e também nos casos de mulheres adúlteras e de jovens ou viúvas que não mantivessem sua castidade. Era também usada como instrumento de interrogatório, em casos específicos de mulheres suspeitas de bruxaria ou comércio com as forças do Inferno. Nesse caso do interrogatório, era usada especialmente em mulheres, pois julgava-se que estas poderiam suportá-la melhor que outros métodos e por deixar poucas ou nenhuma marca visível, sendo, além disso, praticamente garantida a confissão da acusada.

4 - A Roda Vertical

Na roda vertical, que, como diz o nome, era  erguida perpendicularmente em relação ao chão, o corpo da vítima era amarrado ao instrumento, o mais esticado possível. Em seguida a roda era girada, expondo o torturado, a cada volta, a pregos ou brasas ardentes colocados no chão, sob a máquina. O resultado final era  o retalhamento lento ou queimaduras expostas por toda a superfície do corpo, que, conforme sua gravidade, poderiam levar à morte do torturado.

5 - Gaiola de Cravos

Basicamente, o engenho era uma gaiola cilíndrica de lâminas de ferro afiadas, cujo interior era guarnecido de pontas aguçadas de ferro. A vítima era trancada na gaiola e o torturador, armado de um archote, um ferro em brasa ou ainda de um ferro pontiagudo, começava a espetar ou atiçar o prisioneiro, que, em seus movimentos de recuo, ia chocar-se contra as pontas e lâminas da gaiola. O resultado final é fácil de imaginar-se.


6 - O Cavalo de Estiramento

O estiramento, ou desmembramento causado por meio de tensão exercida longitudinalmente, já era usado no Antigo Egito e na Babilônia. Na Europa medieval - e após - o cavalo de estiramento constituía instrumento fundamental de qualquer masmorra respeitável,  e isso até o desaparecimento da tortura, por volta do séc. XVII.
A vítima era deitada no aparelho, seus membros firmemente presos às extremidades e esticados pela força do cabrestante, existindo testemunhos antigos que falam de até 30 cm de distensão, o que é inconcebível; a distensão originada pelo deslocar e torcer de cada articulação dos braços e das pernas, do desmembramento da coluna vertebral e da destruição dos músculos das extremidades do tórax e do abdômen provocava um efeito mortal. No entanto, antes do abatimento final da vítima, e mesmo nas fases iniciais do interrogatório, era sofrido o deslocamento dos ombros, por causa do estiramento dos braços para trás e para cima, assim como uma dor intensa provocada pelo rompimento dos músculos e quaisquer fibras submetidas a uma tensão excessiva.
Com a continuação da tortura, os quadris, e os cotovelos começavam a desconjuntar-se, separando-se por fim, ruidosamente. Já nesta fase, a vítima, se escapava  com vida do tormento, ficava aleijada para toda a vida. Depois de horas ou dias, no caso dos mais resistentes, as funções vitais simplesmente cessavam, uma após a outra.


III - Instrumentos de Interrogatório

Estes instrumentos diferenciam-se dos anteriormente citados por não provocarem ferimentos fatais - a menos que o verdugo assim o desejasse ou fosse extremamente inábil em sua utilização. Eram empregados, de forma geral nos interrogatórios judiciais e inquisitoriais, não se destinando a matar a vítima, que deveria ser mantida viva no interesse da instrução do processo.

1- As Aranhas Espanholas

As Aranhas eram ganchos de quatro pontas unidas em forma de tenaz, e constituíam ferramentas básicas no arsenal do verdugo. Serviam, frias ou quentes, para içar a vítima pelos pulsos, nádegas, ventre, seios ou tornozelos, enquanto as pontas enterravam-se lentamente na carne.
No processo dos Templários, no início do séc. XIV, as aranhas espanholas foram usadas, segundo testemunhas, para suspender os acusados pelos órgãos genitais, até que admitissem seus crimes.

2 - O Esmagador de Testas

O esmagador era uma faixa de ferro, algumas vezes com aguilhões no seu interior, que se colocava ao redor da testa da vítima, sendo então, progressivamente apertado, pelos parafusos situados em roscas laterais, provocando cortes e lacerações e podendo provocar fraturas cranianas fatais.
Este era um instrumento usado sobretudo em mulheres e quase nunca em homens.

3 - O Berço de Judas

Este procedimento apresentava variações, que eram usadas simultaneamente em toda a Idade Média. A mais simples consistia em suspender a vítima sobre uma espécie de pirâmide, sobre cuja ponta fazia-se baixar, com maior ou menor velocidade. O bico afiado da pirâmide, desta forma, atingia o ânus, a vagina, a base do saco escrotal, ou as últimas vértebras do cóccix. O carrasco, segundo as indicações dos interrogadores, podia variar a velocidade e a pressão, desde o nada até a totalidade do peso do corpo. Podia ainda sacudir a vítima, ou fazê-la cair, repetidas vezes sobre a ponta.

 4 - Cadeira de Interrogatório

Muito simples: era uma cadeira de ferro com o assento e o encosto totalmente cobertos de pontas afiadas. Era um instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima, sempre nua, era colocada e amarrada na cadeira, cujas pontas produziam um efeito óbvio sobre sua força de vontade, que dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser intensificado com sacudidelas e golpes nos braços e no tronco.
Além disso, havia outro modo de tornar este instrumento mais eficiente: como a cadeira era, na maior parte das vezes, de ferro (havia exemplares e madeira, nos quais apenas as pontas eram metálicas), havia ainda o requinte adicional de aquecê-la a um braseiro até que se transformasse em brasa.

5 - O Esmagador de PolegaresSimples e muito eficaz. O esmagamento dos nós e falanges dos dedos e a arrancamento das unhas estão entre as torturas mais antigas. Os resultados, em termos de relação entre a dor infligida, o esforço realizado e o tempo consumido são altamente satisfatórios do ponto de vista do torturador, sobretudo quando se carece de instrumentos complicados e dispendiosos.


O esmagador era basicamente constituído de duas ou três barras, que podiam ser apertadas por meio de um parafuso, lentamente, ou por meio de pancadas dadas em cunhas, de maneira mais brusca.

 6 - A "Extensão"

A extensão  é uma variante do cavalo de estiramento. Ao invés da distensão ser aplicada ao corpo no sentido longitudinal, é aplicada apenas aos braços do condenado, enquanto a corrente, enlaçando e esmagando o tórax, exerce uma pressão extra. A extensão  é uma variante do cavalo de estiramento.



7 - A Escada de Estiramento

A chamada "escada de estiramento" era nada mais que uma simples escada de madeira, à qual se dava um uso a mais, o de instrumento de interrogatório. Foi usada no processo de Eischtadt, no qual uma velha foi acusada de bruxaria, em meados do séc. XV.
A vítima era deitada sobre a escada, tendo seus pés atados a um dos degraus; aos braços, igualmente atados, eram progressivamente puxados para trás, fosse por meio da força humana, fosse por meio de pesos cada vez maiores.
Se depois de tudo isso a vítima ainda se recusasse a confessar, estando paralisada e com os ombros destroçados, o tribunal era forçado a reconhecer sua inocência.
Esta tortura era largamente usada pelos inquisidores alemães.

8 - Potro

Este aparelho, muito engenhoso, era composto por uma prancha, sobre a qual era deitada a vítima. Esta prancha apresentava orifícios pelo quais se passavam cordas de cânhamo que arrochavam os antebraços, os braços as coxas, as panturrilhas, em suma, as partes mais carnudas dos membros da vítima. No decorrer da tortura, essas cordas eram progressivamente apertadas, por meio de manivelas nas laterais do aparelho. O efeito era o de um torniquete.
A legislação espanhola que regulamentava a tortura previa, no máximo, cinco voltas nas manivelas que apertavam as cordelas ao corpo. Isso visava a garantir que, caso fosse provada a inocência do réu, este não saísse da tortura com seqüelas irreversíveis. Porém, geralmente, os carrascos, incitados pelos interrogadores, davam até dez voltas na torção, o que fazia com que as cordas esmagassem a carne até o osso.



9 - Quebrador de Joelhos

Assemelhava-se, em ponto maior, ao  esmagador  de  polegares:  duas  barras
destinadas a comprimir entre si, até o ponto de fraturá-los, os joelhos da vítima. A parte interior do aparelho podia conter pontas.
Geralmente, este aparelho era aplicado, após o que permitia-se à vítima uma noite ou algumas horas de descanso; no dia seguinte, estando as pernas do infeliz esmagadas e inflamadas, se não já quebradas
mesmo, repetia-se a tortura, que se tornava, assim, muito mais dolorosa e quase impossível de resistir-se.

10 - A Estrapada ou Polé

Uma tortura fundamental, que consistia na deslocação dos ombros, pelo movimento de içar violentamente a vítima, com os braços atados às costas, com o corpo suspenso.
A estrapada era um meio de extraordinária eficiência; como não provocava derramamento de sangue, o que era proibido pela Igreja a seus agentes, era largamente usado pelos inquisidores.
O aparelho era muito simples: compunha-se apenas de uma corda e de uma roldana. Os pulsos do condenado eram atados atrás das costas e ligados a uma corda, que, passando pela roldana, permitia que fosse içado no ar, pelo que as articulações dos ombros passavam a suportar a totalidade da massa corporal.
De imediato, as clavículas e as omoplatas se desarticulavam, o que provocava deformações que podiam ser irreversíveis. A agonia podia ser agravada por uma série de medidas adicionais:
a) podia-se içar a vítima até certa altura, deixando-a cair em seguida, mas sustando a queda antes que chegasse ao chão, o que provocava a imediata ruptura das articulações e por vezes fraturas ósseas;

b) a fim de aumentar o peso suportado, prendiam-se aos pés do condenado um lastro cada vez maior,
 geralmente, até cinqüenta ou sessenta quilos, embora  haja notícias de interrogatórios em que foram presos aos pés dos interrogados pesos de até setenta quilos, quase o peso do próprio corpo;
c) por vezes, enquanto o condenado se achava suspenso, podia-se queimar partes de seu corpo - notadamente as axilas, - com mechas ou archotes, como
 no caso do interrogatório dos Papenheimers,  na Baviera, no século XVI.

11 - Pêra Oral, Retal e Vaginal

Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto ou na vagina da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua total abertura. O interior da cavidade afetada ficava, invariavelmente, danificado, com efeitos muitas vezes irreversíveis. Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra era dotada, na extremidade mais interna, de pontas em gancho, que destroçavam a garganta, o reto ou a raiz do útero, pois penetravam bastante fundo.
A pêra oral aplicava-se aos casos de predicadores hereges ou a criminosos laicos de tendências anti-ortodoxas. A pêra vaginal estava destinada a mulheres consideradas culpadas de conluios e acordos com Satanás ou quaisquer outras forças sobrenaturais (o processo das feiticeiras bascas1 , no qual foi utilizada, falava dos "espíritos dos mortos"), a adúlteras, homossexuais ou suspeitas de ter mantido relações com familiares; e por último, a retal destinava-se a homossexuais masculinos passivos.


IV - Instrumentos de Mutilação
Desde o Antigo Egito, e antes, a mutilação serviu como método eficaz de castigo para crimes menores, considerados não tão graves que merecessem a pena de morte, tais como furtos, danos à propriedade alheia.
A mutilação, além de ter um efeito arrasador sobre os culpados, tanto física quanto moralmente, também era considerada um esplêndido método de prevenir a reincidência, visto que o criminoso ficava marcado como tal para o resto da vida, bastando às pessoas de bem lançar-lhe um olhar para estarem prevenidas acerca de seus atos ilícitos no passado. Geralmente, os condenados a ser mutilados recebiam a pena em público, a fim de servir de exemplo quem quer que, por desespero ou inclinação, estivesse tentado a desobedecer a lei.

1 - Pinças e Tenazes

Pinças, tenazes e tesouras, usadas também frias, mas normalmente aquecidas ao rubro, adequadas para arrancar pedaços de carne do corpo das vítimas, constituíam utensílios básicos de qualquer verdugo. As tenazes destinavam-se geralmente  - e de preferência em brasa - aos narizes, dedos das mão e dos pés e mamilos. As pinças, maiores, serviam para destroçar e queimar o pênis.
No decorrer da história da tortura, os órgãos genitais masculinos (ao contrário dos femininos) sempre gozaram de certa imunidade. Contudo, raramente, aconteciam casos de castração (arrancamento dos testículos) e de amputação do pênis. Estes castigos não se aplicavam, como seria de esperar, por violência contra a mulher, mas geralmente por conspiração ou tentativa de conspiração contra o príncipe ou governante local. A violação extra-conjugal, na Idade Média como hoje era raramente castigada; a violação conjugal sempre foi considerada exercício de direito por parte do marido, permanecendo sempre impune.

2 - Ferros de Marcar a Quente

Usavam-se para marcar alguns condenados, normalmente no ombro, mas outras vezes na face ou na testa. O delito cometido era expressado na marca, através de um código de letras facilmente reconhecível.

3 - Destroçador de Seios

Tratava-se de tenazes com quatro garras convergentes, capazes de transformar em massas disformes os seios de mulheres condenadas por heresias, blasfêmias, adultério, magia branca erótica, homossexualismo, aborto provocado, entre outros delitos. Para tal efeito, às vezes era utilizado apenas um gancho, aquecido ao rubro.

V - Instrumentos de Contenção

Tais instrumentos destinavam-se não propriamente a causar dor e sofrimento - embora esta fosse uma conseqüência secundária muitas vezes inevitável - mas a imobilizar os prisioneiros enquanto estavam a ser interrogados, ou simplesmente quando permaneciam em suas celas. É claro que a imobilidade constante e forçada podia consistir por si só em uma tortura bastante requintada.
 .

1 - A "Forquilha do Herege
"

Era um colar de ferro cuja frente consistia em uma espécie de espeto duplo, com duas pontas que se encravavam no queixo e sobre o esterno da vítima, profundamente. A forquilha impedia qualquer movimento de cabeça, mas permitia que os condenados falassem em voz quase inaudível, durante as cerimônias de abjuração.


2 - Cinturão de Castidade

A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelo círculos acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se usava para garantir a fidelidade das esposas durante as ausências do marido, e sobretudo - uma convicção que em nada se aproxima da verdade, não havendo evidências que suportem tal ideia - para as mulheres dos cruzados que partiam para a Terra Santa.
Na verdade, ainda que a função primordial do aparelho fosse esta, tal constrição limitava-se sempre a breves períodos de tempo, como algumas horas ou, no máximo, dois ou três dias; jamais o cinturão era utilizado por períodos dilatados. Uma mulher "impedida" desta forma corria risco de vida, pelas infecções originadas por acumulações tóxicas prejudiciais ao organismo, e isso para não falar nas queimaduras e lacerações provocadas pelo contato contínuo do ferro com a pele ou a possibilidade de uma gravidez em curso.
Contudo, havia uma segunda utilidade para o cinturão, esta bem pouco mencionada: constituía-se numa barreira contra a violação. Uma barreira eficiente em ocasiões "perigosas", tais como o aquartelamento de soldados na cidade, ou a permanência em uma estalagem, durante a noite, em meio a uma viagem qualquer. Nestas ocasiões, eram as próprias mulheres as mentoras da idéia de colocar o referido cinto, segundo comprovam vários testemunhos.

3 - Colar de Castigo com Um Peso



Muitas são as formas de acorrentar pessoas a pesos inumanos: argolas para o pescoço, pulsos e tornozelos; cinturões e colares variados. Há pouco mais a dizer. O prisioneiro deveria carregar estes pesos por meses, até anos; às vezes, a vida toda.
O colar com peso correspondia a uma argola de ferro passada em v volta do pescoço, à qual prendia-se um peso variável de cerca de dez a vinte quilos. Além do tremendo esforço em carregar semelhante conjunto, as queimaduras provocadas pela fricção em torno do pescoço e dos ombros causavam gangrena e infecções que podiam ser fatais.



4 - Cavalete

Este é o mais famoso dos instrumentos de contenção, e um item fundamental no arsenal de qualquer torturador. Seu uso era variado: tanto servia para imobilizar as
vítimas durante a tortura ou mutilação como para expô-la em público como punição para crimes menores, insignificantes; como dormir na igreja, por exemplo.


VI - Instrumentos de Açoitamento
Esta é uma família toda especial dentre o arsenal dos instrumentos e tortura: a família dos açoites. É um grupo de instrumentos interessante e incrivelmente variado, a despeito da semelhança da forma. Os açoites ou chicotes podem ir desde o gigante "Gato de Nove Caudas" e o knut dos boiardos russos, que podia destroçar de um só golpe um braço ou ombro, até os mais finos e pérfidos, como o  chicote egípcio, cujas finas tiras de couro eram entrelaçadas de laminas de ferro (ou de metais preciosos como ouro e prata) afiados como navalhas e que faziam o sangue correr no primeiro golpe.  Particularmente interessante e digno de ser citado é o "Nervo de Boi", que com dois ou três golpes podia cortar a carne das nádegas até chegar à pélvis.
Dentre as punições menores, a flagelação era muito apreciada pelo público. O suplício era considerado sobretudo humilhante - e seus aplicadores faziam o possível para acentuar tal característica. Para a flagelação pública, o condenado, nu da cinta para cima, era amarrado às traseiras de uma carroça e assim arrastado pelas ruas até o pelourinho público, onde o executor aplicava-lhe as chicotadas ou varadas prescritas na sentença. A flagelação poderia também dar-se no interior das prisões; como método de interrogatório, era utilizado sobretudo em crianças que ainda não haviam atingido a puberdade, por ser considerado relativamente leve, a não ser que os juízes requeressem expressamente o emprego dos meios usuais.

1 - Chicotes de Correntes

Os chicotes de correntes mais pareciam armas de guerra que instrumentos de interrogatório judicial; no entanto, eram largamente usados. Eram todos mais ou menos similares e em grande variedade - com duas, três, até oito correntes - e providos de muitas "estrelas de ferro", lâminas cortantes nas pontas. Algumas correntes eram intercaladas com lâminas.

2 - A Cauda de Gato

A cauda de Gato era um chicote de cordas entrançadas que servia para esfolar a pele da vítima. As cordas eram embebidas numa solução de sal e enxofre, de maneira que, devido às características da fibra do cânhamo e dos efeitos do sal e do enxofre, para além das mais de cem lâminas de ferro afiadíssimas, cada uma delas colocada no final de cada corda, a carne ia sendo reduzida a uma polpa, até se encontrarem expostos os pulmões, os rins, o fígado e os intestinos. Durante esse procedimento, a zona afetada ia sendo coberta com a mesma solução, em ebulição.